7 de janeiro de 2013

Virador de páginas

Achei! Sempre procurei por um desses pra virar minhas partituras:


30 de dezembro de 2012

O que vale à pena nesse mundo...

Que bom saber que no mundo sempre haverá os grandes que propagam o que há de mais nobre e sublime. Que bom saber que a grande música da tradição continua sendo a grande música, e sempre surgem os grandes músicos que a mantém viva, e cheia de significado.

http://www.youtube.com/watch?v=_kujx35IDNQ

26 de fevereiro de 2012

Mensagens idiotas do Facebook 1

Como disse no outro post, por vários motivos estou farto do Facebook. Um desses motivos é, ao fazer o login, todas as vezes dar de cara com uma mensagem (sentimental, apelativa, religiosa) cretina que me faz querer cortar os pulsos. Meu desgosto não é com a mensagem em si, que é uma cretinice, mas com a demência falta de percepção das pessoas em propagar e multiplicar a cretinice com curtições e compartilhamentos. A mensagem que vi hoje quando entrei pra ver se alguém me chamara, me indignou a ponto de eu resolver abrir aqui mais uma seção, e faço isso com ela:

MENSAGENS IDIOTAS DO FACEBOOK

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Peço desculpas ao Paulo Egídio Lückman, que é o violinista da foto, e meu colega aqui na UEM, pois, claro, o problema não é com ele nem com sua imagem, mas com a mensagem que alguém inventou. 

Essa comparação estapafúrdia entre as três profissões é algo tão rasteiro que me dá até enjôo. A coisa é tão tendenciosa que primeiro fala-se dos profissionais (engenheiro e médico), e depois fala-se da área de atuação, ou melhor, do resultado final do trabalho: a música. Não seria o correto dizer: quantas pessoas você conhece que precisam de engenheiro, médico ou músico todos ou dias? Isso já mostra como a coisa é forçada. Aposto que todo mundo já precisou ir ao médico algumas vezes na vida, mas poucos (pensando na multidão) contrataram um músico alguma vez. Né? 

Se precisamos de música todo dia (o que já é discutível), então precisamos pensar nos produtos finais dos trabalhos dos engenheiros e médicos. Se pensarmos nas diversas engenharias que existem, fica até cômico pensarmos no quanto somos dependentes de produtos finais da engenharia de: carros, alimentos, roupas, computadores, química, eletricidade, sanitária, trânsito etc etc etc; se pensarmos só na engenharia civil, já basta sermos dependentes o tempo todo de alguma construção pra estar dentro, pra morar, trabalhar etc. Ou seja: o idiota cidadão que fez este quadro certamente o fez estando dentro de algum lugar, usando um computador, usando alguma roupa... e, portanto, precisou no mínimo de três produtos da engenharia. Se pensarmos nos produtos finais da medicina, a consulta e prescrição de medicamentos é só uma delas; consigo pensar também em cirurgia e pesquisas de naturezas diversas, que nos afetam mais do que imaginamos. E daí tem também a música, que quase toda hora ouvimos de alguma maneira, por vontade própria ou não. 

Mas eu, que sou músico, posso falar: há muitos dias em que não tenho vontade de ouvir música nenhuma. E aí? Mas não há um só dia em que eu não use um produto de alguma engenharia. E aí? É evidente que, pra mim, música é algo absolutamente vital, e penso que seja parte crucial da cultura pela qual lutamos, a tal cultura que queremos melhorar e tal. Mas faz sentido comparar a música com outras profissões pra valorizá-la? Que necessidade doentia de se impor, ou de impor sua profissão, desta maneira rasteira e de mal gosto! E que, pior, não faz o menor sentido. 

Isso tudo passou pela minha cabeça quando vi a foto e os dizeres, e precisei vir aqui dizer isso. É disso que o Facebook está saturado, de imagens e mensagens non sense e estúpidas, que as pessoas compartilham sem pensar e com o maior orgulho a cada segundo.